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Quinta-feira, 15 de Maio de 2025

Cruzeiro

Fábio pagou caro por ser herói em tempos cruéis

Um líder de uma outra época não é o líder que a nova forma de administrar o futebol quer

Fabio Jr Prates
Por Fabio Jr Prates
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Fábio pagou caro por ser herói em tempos cruéis
InterNet
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É possível pensar os porquês da saída de Fábio do Cruzeiro? Sim, é.

Ser líder é bom? É, mas pode ser cruel. No caso de Fábio eu diria que foi. 

Por amar tanto a carreira, por respeitar tanto o time que o projetou, que o fez um dos maiores goleiros da história do país. O mais regular por inúmeros anos. Injustiçado em Seleções Brasileiras, esse moço pagou alto. 

Um novo grupo, uma nova forma de se administrar futebol, o não envolvimento, ou melhor dizendo, a distância do empresarial para a paixão não vê o torcedor com os mesmos olhos que nos acostumamos a ver. 

E, nessa história toda, um líder de uma outra época não é o líder que querem. Pode não ser bom para tantas mudanças que certamente ocorrerão. 

Foi cruel para Fábio, não estamos falando em dinheiro, em dívida, em redução de salários. Estamos falando no que é o futebol, paixão de um povo, onde se vai a campo para ser ver os ídolos, para xingar, para cobrar, para apoiar, para amar. 

Quantos títulos, quantos jogos, quantos recordes? Os números frios, mas brilhantes, importaram pouco. 

Os estádios lotados, os milagres, milagres mesmo, em defesas inimagináveis daquelas que a posição mais difícil do futebol exige, cobra.

O último homem, a última possibilidade. O erro ou a defesa fatal. 

O herói, o vilão.

Ele foi herói. Reduziu salário, parcelou, esperou, lutou, esteve nas conquistas, esteve no declínio. 

Viu tudo de muito perto, na visão privilegiada de quem enxerga o time e os companheiros com um certo tempo, acionado que é, de forma diferente. 

De que valeu tudo isso? Está no coração da torcida. É pouco? Não para o que esse homem, Fábio, pensa da vida. É mais do que tudo, que ele jamais poderia pensar na vida. Foi demais! 

O que vai acontecer com o Cruzeiro? Vai seguir a vida nos acertos, nos erros. Vai seguir na nova forma de ver o futebol. O negócio, que hoje é muito mais que paixão. 

E o Fábio? Deve buscar receber o que lhe é devido. É justo, trabalhou, e muito, por isso. Amou, e muito, o que fez. E a vida também vai seguir.  

Ele está na história, ele é a história!

FONTE/CRÉDITOS: Dimara Oliveira

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