Morreu no Rio nesta segunda-feira (30) aos 88 anos no Rio de Janeiro o ator Milton Gonçalves.
Segundo a família, ele morreu em casa por volta de 12h30, por consequência de problemas de saúde que vinha enfrentando desde que teve um AVC.
Milton Gonçalves nasceu em 9 de dezembro de 1933, em Minas Gerais, e foi contratado pela Globo em 1965. Tem longa trajetória como ator e diretor, sendo conhecido por personagens icônicos da televisão brasileira, como o Zelão das Asas, de O Bem-Amado (1973), e o médico Percival, de Pecado Capital (1975).
Outros trabalhos de destaque do ator foram as séries Carga Pesada (1979) e Caso Verdade (1982-1986).
Sua atuação como Pai José na segunda versão da novela Sinhá Moça (2006) lhe valeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Na cerimônia, apresentou o prêmio de Melhor Programa Infanto-juvenil ao lado da atriz americana Susan Sarandon. Milton foi o primeiro brasileiro a apresentar o evento.
A última novela que o ator Milton Gonçalves participou na TV Globo foi O Tempo Não Para (2018), quando interpretou o catador de materiais recicláveis Eliseu.
Ainda criança, Milton se mudou com a família para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Ele fez teatro infantil e amador. Sua estreia profissional acorreu em 1957, no Arena, na peça Ratos e Homens, de John Steinbeck.
Junto com Célia Biar e Milton Carneiro, Gonçalves formou o primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme Grande Sertão (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira.
"Não tinha inaugurado nada ainda. Os três estúdios, aquele auditório, pareciam para mim os estúdios da Universal. O primeiro salário foi 500 cruzeiros. E eu fiquei feliz", recordou Milton em um depoimento para a TV Globo.
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