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Sexta-feira, 16 de Maio de 2025

Norte de Minas

Em palestra, Menina denuncia abuso do pai adotivo, em Montes Claros

Garota de 12 anos fez uma denúncia contra seu pai adotivo, um homem de 55 anos

Fabio Jr Prates
Por Fabio Jr Prates
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Em palestra, Menina denuncia abuso do pai adotivo, em Montes Claros
PCMG
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Durante uma palestra sobre violência contra a mulher em uma escola estadual em Montes Claros, uma menina de 12 anos denunciou seu pai adotivo, de 55 anos, por abuso sexual. Ele a violentava desde os sete anos. A denúncia resultou na prisão em flagrante do suspeito na última segunda-feira (17), ao tentar buscar a criança na escola.

A subinspetora da Polícia Civil de Montes Claros, Sabrina Santos Pereira, que participava do evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no último dia 14 de março, notou o comportamento nervoso e angustiado da aluna durante sua fala. Preocupada, ela questionou a diretora da escola sobre a possibilidade de monitorar a menina. Essa atenção foi crucial, por possibilitar que a criança se sentisse segura o suficiente para relatar os abusos que sofria. 

Segundo informações da delegada Karine Maia, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a menina revelou que vinha sendo abusada sexualmente pelo pai adotivo desde os sete anos e que, a partir dos dez anos, o abuso se intensificou com relações sexuais completas. O homem adotou a menina com sua esposa e, segundo relatos, era agressivo com ambas. Os abusos ocorriam na própria residência, onde ele se aproveitava da ausência da mãe, que trabalhava fora.

Durante a sua prisão, o suspeito não demonstrou nenhuma reação e se recusou a fornecer material genético para exames de DNA. A delegada Karine ressaltou não haver indícios até o momento de que a mãe estivesse ciente dos abusos ou fosse conivente com eles.

Os relatos da criança revelam um ambiente controlado e opressivo. “Ela era proibida de brincar com outros alunos após as aulas e forçada a vestir roupas masculinas. Ele chegou a cortar seu cabelo curto sob o pretexto de tratar piolhos. Além disso, havia uma rotina rigorosa em que ele buscava a menina mais cedo na escola para garantir que tivesse tempo para abusar dela antes da chegada da mãe. Essa criança chegou a desabafar com dois colegas da escola, mas não teve coragem de procurar as autoridades”, explicou a delegada. 

O crime denunciado é classificado como estupro de vulnerável, com pena prevista de reclusão entre oito e 15 anos, podendo aumentar devido à relação parental entre vítima e perpetrador. A delegada Karine observou que cerca de 70% dos casos de estupro apurados na DEAM ocorrem no ambiente doméstico. 

Recentemente, a Polícia Civil de Minas Gerais lançou o projeto “PCMG por Elas”, visando fortalecer as ações voltadas para a proteção das mulheres e crianças vítimas de violência. A delegada enfatizou a importância dos pais estarem atentos aos sinais dados pelas crianças, pois muitas vezes elas revelam indícios do sofrimento pelo qual estão passando.

FONTE/CRÉDITOS: O Norte
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