A cidade de Espinosa, na região do norte de Minas Gerais, recebe, de 25 a 28 de junho, a formação sobre vigilância ambiental e controle da doença de Chagas: unidade vetorial, voltada principalmente para agentes de combate a endemias. Este é o quarto processo formativo no município, reunindo também profissionais da Bahia e de Goiás. Desta vez, a ideia é discutir o controle da doença de Chagas, desde o módulo informatizado de coleta e análise de dados específicos da vigilância entomológica da doença de Chagas (software SISVetor) até o desenvolvimento de atividades operacionais de campo para o controle, incluindo a eventual adoção de controle químico de triatomíneos (insetos barbeiros).
Segundo o Secretário de Saúde de Espinosa, Paulo Mozart Fernandes,o encontro “marca mais um ciclo de implementação do novo programa de testagem rápida para doença de Chagas nas unidades de saúde. Essa é uma fase extremamente importante e estamos mostrando mais uma vez o município de Espinosa à frente desse novo programa do Ministério da Saúde”
Nesta etapa, entre os temas discutidos, foram incluídos: funcionalidades do sistema SISVetor (cadastramento de imóveis, territórios e atividades, utilização do sistema para inserção de dados vetoriais no campo); operacionalização das ações de campo; oficina de vivência temática; vigilância com participação popular; controle químico de triatomíneos e pesquisa de triatomíneos. O objetivo é complementar a formação de toda a equipe de agentes de combate a endemias e coordenações.
Espinosa é a segunda cidade do Brasil a receber uma formação que aborda o módulo específico em doença de Chagas do SISVetor, uma ferramenta inédita e inovadora voltada a sistematizar de modo mais custo-efetivo de dados da vigilância entomológica.
O software SISVetor, em seu módulo de doença de Chagas, foi criado para substituir o atual e nasceu como uma nova solução para captação, organização e análise de dados vetoriais. A consultora do GT Chagas do Ministério da Saúde, Rafaella Albuquerque e Silva, explica que o objetivo é “garantir a tomada de decisão baseada nos dados entomológicos obtidos em cada um dos territórios”
Ela reforça também que, como o sistema tem como ponto de partida a caracterização do território, ele está em total sintonia ao propósito do projeto IntegraChagas Brasil. “(O SISVetor) vai facilitar no sentido da análise dos dados que estão sendo coletados e o direcionamento de onde deveriam ser efetivamente buscados os casos de doença de Chagas”.
Sobre o IntegraChagas Brasil
O IntegraChagas Brasil é um projeto estratégico demandado e financiado pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, que tem como objetivo ampliar o acesso à detecção e ao tratamento da doença de Chagas crônica na atenção primária à saúde (APS), sob coordenação do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Cinco municípios brasileiros foram elegidos para receber ações do projeto: São Luís de Montes Belos/GO; Espinosa/MG; Porteirinha/MG; São Desidério/BA; e Iguaracy/PE.
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